< Previous31GESTÃOprincipalmente, as grandes redes varejistas. Neste segmento de produtores, são encontradas as packing houses, nas quais os produtos são higienizados e embalados. As perdas ocorrem, majoritariamente, em função dos padrões estéticos exigidos pelos varejistas ou do próprio processo de higienização de adequação às embalagens, no qual é descartada parte das hortaliças e das folhosas. Nos grandes produtores, as principais fontes de perdas encon-tradas foram o clima, o transporte e o proces-so de embalagem.Algumas iniciativas digitais buscam comercializar frutas “feias” por preço inferior ao varejo tradi-cional, tendo estas maior aceitação nas classes A e B. Outras iniciativas digitais exploram ver-tentes como a entrega domiciliar, o consumo de alimentos da estação, o consumo de produtos locais, entre outras.O pequeno produtor carece de competências or-ganizacionais, mas o sistema de cooperativismo facilita o acesso aos canais de distribuição (feiras, vendas diretas etc.). Este tipo de produtor ainda não está sensibilizado em relação às perdas com sazonalidade, manuseio e transporte e, portanto, não atribui a si as consequências inerentes às suas atividades. Capacitação sobre gestão da propriedade e comercialização pode ajudá-los a prevenir as perdas e colocar seus produtos junto a parceiros em canais que não demandem seu afastamento da unidade produtiva. Já os produtos descartados por outras questões que não sejam o seu valor nutricional podem ser direcionados aos Bancos de Alimentos, que utilizam produtos após o descarte pelo produtor ou pelo varejista.Enquanto isso, o grande produtor pode fazer alianças para a venda dos produtos que seriam descartados por meio de aplicativos ou se inserir nas iniciativas que o varejo vem colocando em prática de vender hortifrutigranjeiros com aparência im-perfeita/única em gôndolas com valor mais baixo.O agronegócio brasileiro, que merecidamente orgulha-se de ser provedor de alimentos para o mundo, precisa aproveitar as oportunidades de engajar diferentes elos da cadeia agroalimentar no combate às perdas e ao desperdício de alimentos. A redução do desperdício é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU) e pode ser vantajosa para produtores, indústria de alimentos, varejistas e consumidores.Para exemplificar as evidências observadas entre os pequenos e os grandes produtores, tem-se uma matriz sumarizando as principais motivações apon-tadas no campo para cada um dos perfis apresen-tados, bem como possíveis atividades e parcerias que podem reduzir as perdas e o desperdício de alimentos e colaborar para uma cadeia agroalimen-tar mais organizada.* Cf. Relatório de insegurança alimentar e nutricional (MDS, 2013). Disponível em: https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php?file=entrada&relatorio=10377PRINCIPAIS MOTIVOS DE PERDAS E POSSÍVEIS SOLUÇÕESPequeno porteGrande portePrincipais motivos• Clima;• Competências organizacionais;• Transporte;• Padrões estéticos e exigências do mercado.• Padrões estéticos e exigências do mercado; • Processo de higienização;• Processo de embalagem;• Clima;• Transporte.Possíveis soluções• Diversificação da produção;• Planejamento;• Organização (cooperativas);• Iniciativas digitais.• Bancos de Alimentos;• Iniciativas com o varejo para produtos “feios”;• Criação de novos mercados.Fonte: elaboração pelos autores com base nas entrevistasABCBIO32 | AGROANALYSIS - OUT 2018CONTEÚDO ESPECIALEm 2016, o mercado global de biodefensivos foi estimado em aproximadamente US$ 2,5 bilhões, com crescimento ano a ano contínuo e forte. A Europa representa a maior fatia da comerciali-zação (30%), seguida por América do Norte e Ásia-Pacífico (27%) e América Latina (13%), segundo dados da Agribusiness Consulting/Informa (2017).Essa trajetória ascendente dá-se à medida que os agricultores adquirem um maior conhecimento técnico quanto ao uso de produtos biológicos. Isso decorre de uma maior conscientização quanto à importância das práticas de Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP e MID), que preveem o uso de produtos biológicos em conjunto a defensivos agrícolas convencionais. Brasil, México, Chile e Argentina são os mercados de maior crescimento na região e emergiram como grandes mercados-alvo para os fornecedores desses produtos.O potencial de crescimento do mercado brasileiro sempre ganha destaque quando se consideram a área agricola e a diversidade de culturas, climas, pragas e doenças. Dados oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2018) demonstram que, nos últimos cinco anos, tanto a quantidade de indústrias de biodefensivos como o número de registros de produtos pratica-mente duplicaram.BIODEFENSIVOSMERCADO E PERCEPÇÃO DO PRODUTOR BRASILEIROAMÁLIA PIAZENTIM BORSARIDiretora executiva da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio)MARCELO CLAUDINODiretor de Inteligência de Negócios do grupo Informa (IEG | FNP – Agribusiness intelligence | Informa)A AMÉRICA LATINA DEVE CRESCER EM MAIS DE 40% ATÉ 2021Fonte: Agrow Agribusiness Consulting/Informa (2017)Market value (US$ milhões)2015 2017 2019 2021 20235.0004.5004.0003.5003.0002.5002.0001.5001.0005000America do NorteAmérica LatinaEuropaÁsiaOutrosABCBIO33CONTEÚDO ESPECIALÉ nítida a adesão cada vez maior do uso de bio-defensivos no campo diante de suas vantagens em relação a segurança, eficiência e flexibilidade na aplicação e, entre outras razões, por complementar os demais defensivos no MIP e no MID.PESQUISA DE MERCADOA ABCBio, em parceria com a Informa/FNP, realizou, neste ano, uma pesquisa de mercado com o intuito de quantificar o mercado brasileiro de pro-dutos biológicos. Este trabalho buscou, também, levantar informações para conhecer melhor o perfil do usuário e do não usuário destes produtos.Diante da intensificação na oferta de produtos e serviços para o controle biológico das culturas por parte da indústria, os agricultores se veem cercados e atraídos a testarem as novidades que surgem no mercado. O resultado dessa dinâmica leva a avanços e mudanças no comportamento dos players envolvidos com esse negócio, embora a atividade ainda seja vista como uma grande novidade.De qualquer forma, a indústria, o sistema de distri-buição e o produtor já revelam evidências de maior integração. Essa tendência deve crescer à medida que a tecnologia ganhar maturidade como prática cotidiana de uso pelo agricultor. Trata-se, portanto, de um momento interessante para identificar a percepção de cada um desses agentes. O fato certo é que esse mercado apresenta crescimento.Nessa pesquisa desenvolvida pela Informa/FNP, levantaram-se diversas questões sobre: o perfil dos agricultores usuários e não usuários de produtos biológicos; a sua lembrança e conhecimento de marcas e fabricantes; os hábitos de compra; as formas de uso; os alvos de controle (e satisfação); NÚMERO DE EMPRESAS DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS BIOLÓGICOS NÚMERO DE REGISTROS DE BIODEFENSIVOSFonte: MAPA (agosto de 2018)Fonte: MAPA (agosto de 2018)2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 201890756045301501739216493286343370792008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018250200150100500401142913138839161Registros emitidosSomatóriaABCBIO34 | AGROANALYSIS - OUT 2018CONTEÚDO ESPECIALas principais fontes de consulta; a opinião e o pensamento relacionados ao tema de produtos biológicos; e as decisões e os desafios futuros.Além da propensão de uso futuro, a identificação das regiões e das culturas mais sensíveis para a adoção dessas práticas que envolvem produtos biológicos dá sinais da velocidade com que esse processo acontecerá. O despertar de interesse da mídia para essas questões representa outro aspecto interessante a ser observado.O público-alvo da pesquisa foi o agricultor respon-sável pela decisão de compra e uso de produtos biológicos ou defensivos agrícolas. As entrevistas foram pessoais e in loco, nas propriedades rurais. O escopo do projeto classificou os biodefensivos em duas classes: microbiológicos e macrobiológicos, com segmentação em bioinseticidas, biofungicidas, bionematicidas, predadores e parasitoides.Essa pesquisa está sendo considerada o maior estudo sobre o mercado de biodefensivos do mundo sob a ótica dos agricultores, pois, dos 1.900 produtores contatados, foram entrevistados 683 agricultores usuários de produtos biológicos, em quinze estados e onze culturas, o que representa 80% do mercado brasileiro, com margem de erro de 3,2% e nível de confiabilidade de 90%.Considerando os dados coletados pela pes-quisa, de acordo com o Comitê Estatístico da ABCBio, extrapolando-se para todas as culturas do Brasil, o valor de mercado de uso de produtos TAXA DE ADOÇÃO DO CONTROLE BIOLÓGICO POR CULTURAAté 20%Soja e caféDe 20,1% a 40%Cana, feijão, maçã e uvaAcima de 40% Batata, hortaliças, melão, morango e tomateO jeito mais eficaz de controlar os nematoides.Ação ovicidaAtuação direta sobre as principais espécies de nematoidesCepa exclusiva de alta eficiênciaComprovação científicaSaiba mais lendo o QR Codeao lado ou acesse: stoller.com.br/solucoes/rizotecPRINCIPAISBENEFÍCIOSRIZOTEC - ATENÇÃOProduto de uso exclusivamente agrícola. O produto é MEDIANAMENTE TÓXICO (CLASSE III), POUCO PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE (CLASSE IV). Consulte sempre um engenheiro agrônomo e siga corretamente as instruções recebidas. Venda sob receituário agronômico. Antes de usar o produto, leia o rótulo, a bula e a receita e faça-o a quem não souber ler. Utilize sempre o EPI (equipamento de proteção individual), aprovado pelo ministério do trabalho e especificado no rótulo e bula do produto. EMERGÊNCIA: Rizoflora Biotecnologia Ltda.: (31) 3892-2581ABCBIO35CONTEÚDO ESPECIALCONHECIMENTO E USO DE PRODUTOS BIOLÓGICOSSIM57%NÃO43%CONHECIMENTOTOTAL DOSPRODUTORESSIM39%NÃO61%USO DE PRODUTOS BIOLÓGICOSTOTAL DOSPRODUTORESMARKET SHARE DOS ATIVOS BIOLÓGICOSÁREA(em milhões de hectares)80%20%89%11%VALOR(em R$ milhões)MacrobiológicosMicrobiológicosNão registradosRegistradosMARKET SHARE DE BIOLÓGICOS COM E SEM REGISTRO92%8%MARKET SHARE(em R$ milhões)biológicos nacional foi apurado, em 18 de feverei-ro último, em R$ 527,7 milhões. Se tomássemos a cotação do dólar nesse dia em R$ 3,20, teríamos US$ 164,9 milhões.Em valor, a soja, a cana-de-açúcar e o café corres-pondem à maior fatia do mercado. Apesar deste destaque, a taxa de adoção para estas culturas não chega a 20% (soja e café) e 40% (cana) nas principais regiões produtoras.Com relação aos produtos biológicos, 57% dos produtores mostram conhecimento e 43%, des-conhecimento sobre o assunto. Quanto a usá-los no controle de pragas e doenças de lavouras, 39% disseram que sim e 61%, que não.Os biodefensivos estão divididos entre macro-biológicos (insetos parasitoides e ácaros pre-dadores) e microbiológicos (fungos, bactérias, vírus e nematoides). Em área e valor, tem-se a par-ticipação, respectivamente, de 20% e 11% nos ma-crobiológicos e de 80% e 89% nos microbiológicos.Apesar da constatação do aumento da informa-lidade no setor, a pesquisa constatou que apenas 8% do market share corresponde a produtos não registrados.Ativos mais utilizadosOs ativos biológicos mais utilizados no Brasil foram:Bacillus sp. (diversos), baculovírus, Beauveria, Cotesia, Metarhizium, Paecilomyces, Pochonia, Trichoderma e Trichogramma.Alto nível de satisfação98% dos produtores que utilizaram produtos biológicos no ano-safra de 2017/18 afirmaram que devem usar os mesmos produtos em 2018/19.ABCBIO36 | AGROANALYSIS - OUT 2018CONTEÚDO ESPECIALballagro.com.brEspecializada em Controle Biológico, a Ballagro atua com estrutura própria e tecnologia de ponta no segmento desde 2004. Além das soluções microbiológicas, apresenta em seu portfólio uma linha para Nutrição Vegetal.TOMADA DE DECISÃO DE USOA eficiência do controle e os aspectos relacionados a uma maior segurança dos produtos biológicos foram os fatores indicados pela maioria dos pro-dutores como importantes elementos de decisão de uso destes produtos.COMPORTAMENTO E MOTIVOS DE USO O apoio no pós-venda do produto e a questão de maior segurança ao ambiente e à saúde humana são os aspectos de concordância de mais de 95% dos produtores usuários de um biodefensivo.Importância dos serviços de pós-venda100%Não causador de mal ao aplicador98%Não agressão ao meio ambiente97%Seguir sempre as recomendações dos fabricantes96%Redução do impacto ambiental95%Aumento de produtividade82%Complementar à eficiência do produto químico76%Fonte: Agrow Agribusiness Consulting Informa 2017FATORES DE DECISÃO DE USO DE PRODUTOS BIOLÓGICOSEficiência do controle Segurança do aplicador60%76%100%80%60%40%20%0ABCBIO37CONTEÚDO ESPECIALTENDÊNCIA DE USO DOS PRODUTOS BIOLÓGICOSOs usuários, em grande maioria, acreditam no crescimento do uso de produtos biológicos nos próximos cinco anos.Não sabe:2,3%Estabilizado:1,5%Em queda:0,3%Em crescimento:96,0%ANEC38 | AGROANALYSIS - OUT 2018CONTEÚDO ESPECIALO BRASIL deve produzir um volume recorde de soja e milho, correspondente a 200,6 milhões de toneladas, na safra 2017/18. Isso equi-vale a 87,9% da colheita total de 228,3 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de setembro último.As conjunturas dessas duas culturas tomaram ca-minhos diferentes após a greve dos caminhoneiros registrada em maio deste ano. No momento em que isso se desencadeou, toda a produção de soja já estava desenvolvida e em fase final de colhei-ta, pronta para que fossem feitos o transporte e a exportação.No entanto, o setor exportador foi surpreendido pela Resolução nº 5.820 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), de 30 de maio último. Imposta por parte do governo federal, esta medida estabeleceu uma tabela de preços mínimos de frete na contratação de fretes rodoviários de carga. Essa decisão onerou em até 150% os custos de transporte de soja.Imediatamente, implodiu o impasse entre os ex-portadores. A questão estava em como performar os contratos já precificados com base nos custos logísticos existentes antes da instituição da tabela. Isso resultaria em prejuízos monumentais a ser absorvidos por qualquer trading caso aplicado a todos os compromissos a ser cumpridos.Restou ao setor recorrer ao Judiciário, que, no momento, discute sobre a inconstitucionalidade Exportação de milho e sojaMercado internacionalASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS EXPORTADORES DE CEREAISSHUTTERSTOCKANEC39CONTEÚDO ESPECIALdo tabelamento de fretes rodoviários no âmbito da Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto as discussões jurídicas acerca da lei e das medidas tomadas no âmbito da ANTT na criação da tabela de fretes se arrastavam, as exportações de soja seguiram impulsionadas em forte ritmo.Dois fatores contribuíram para esse processo: a excelente safra nacional e o aumento do apetite chinês pelo nosso produto decorrente da sua guerra comercial com os Estados Unidos. A decisão dos exportadores brasileiros em atender os pedidos da China, em detrimento ao cumpri-mento da tabela de fretes, até que seja apresen-tada a decisão por parte do STF, criou, junto às tradings, um enorme risco. Um passivo gigantesco foi aberto em relação aos valores do transporte utilizado para escoar todo o volume da olea-ginosa embarcada pelo Brasil após o advento do tabelamento.CENÁRIO PARA O MILHOQuanto à exportação de milho, a conjuntura é muito mais preocupante. Os baixos preços do milho no segundo semestre são costumeiramente um fator dificultador para a precificação e a co-mercialização da sua segunda safra. Neste ano, somou-se a este fator a ocorrência do aumento dos custos de transporte com o tabelamento de fretes.No caso comparativo do preço, o milho possui valor inferior ao da soja. Isso significa que, para percorrer uma mesma distância, com uma carga de mesmo peso, o primeiro fica mais caro do que o segundo. O impacto da tabela de fretes é mais intenso no milho, que teve, na sua segunda safra, a comercialização praticamente paralisada.SHUTTERSTOCKANEC40 | AGROANALYSIS - OUT 2018CONTEÚDO ESPECIALAs exportações de milho ficaram restritas a rotas menos dependentes do transporte rodoviário e com produtos oriundos de regiões de produção mais próximas a pontos de transbordo para outros modais. Esses são os casos do Porto de Miritituba – que faz a conexão aos Portos de Santarém e Barcarena por meio do modal hidroviário – e o acesso ao Porto de Santos – por meio da malha ferroviária no estado de São Paulo e das regiões mais ao sul dos estados de Mato Grosso e Goiás.Mesmo com uma colheita de milho na safra 2017/18 inferior quando comparada à da safra 2016/17, traçávamos, em janeiro, uma estimativa de exportação da ordem de 33,0 milhões de toneladas para este ano. Agora, tendo em vista o impacto do tabelamento de fretes e a queda registrada nas exportações, aguardamos um declínio na projeção esperada (25,5 milhões de toneladas) entre 20% e 25% em relação ao desempenho de 2017.EM CURSO, A SAFRA 2018/19Os olhos seguem voltados para a safra 2018/19, em pleno curso. Representantes do setor produtivo já manifestaram grande apreensão quanto ao atraso no recebimento de fertilizantes para o plantio da safra de soja que se iniciou em setembro. Muitos já consideram bem pouco provável a esperada expansão de área. Havendo a persistência dessa situação, sem solução urgente, grande parte das lavouras poderá receber menos tecnologia na aplicação de fertilizantes. As dúvidas com relação à produtividade da safra 2017/18 de soja certa-mente apareceram.A evolução da comercialização da safra constitui outro fator que merece consideração. Mais de 30% dela deveria estar em estágio mais avançado. No entanto, os números estão próximos de metade disso. Os motivos decorrem das dificuldades dos compradores de precificar, com insegurança e imprevisibilidade, os custos de frete que deverão estar em vigência no ano que vem.É uma pena tremenda que o Brasil, nesse momento de oportunidade para ganhar mais espaço com a trade war EUA versus CHN, seja capaz de dar um “tiro no próprio pé”. O tabe-lamento de fretes impõe aos exportadores e, principalmente, ao produtor rural o custo de subsidiar um único setor responsável por ali-mentar a si próprio ao longo dos últimos anos. Agora, isso faz o País refém da sua incapacidade de gerenciar o próprio negócio.EXPORTAÇÃO DE GRÃOS: MILHO E SOJA (MILHÕES DE TONELADAS)PRODUTO 20142015201620172018*Milho20.96030.74517.44929.382 25.500Soja 44.97853.06150.53168.334 76.000TOTAL 65.93883.80667.98097.716101.500* PrevisãoFonte: ANECO encarecimento do frete complicará, também, o plantio das lavouras de verão da safra 2018/19. O custo de insumos, como fertilizantes, defensivos e sementes, virá com aumento. A insegurança jurídica paira sobre os produtores agrícolas, os empresários industriais e os exportadores em geral.Next >