< Previous21MERCADO & NEGÓCIOSCom uma produção de açúcar de 28,8 milhões de toneladas, o Brasil perde, neste ano, a liderança mundial na produção de açúcar para a Índia, que, em 2016/17 (outubro/setembro), produziu 20,40 milhões de toneladas, mas que, em 2017/18, pro-duziu 32,47 milhões de toneladas e, em 2018/19, estima-se que produzirá 32,50 milhões de toneladas. Esse resultado, obviamente, não significa que o Brasil esteja perdendo protagonismo no mercado de açúcar. O que conta é a oferta total de ATR, parâmetro segundo o qual o Brasil continua sendo líder absoluto, com mais de 80 milhões de tonela-das. Assim, o resultado reflete apenas a capacidade da indústria brasileira de se adaptar a variações de preço, optando pelo produto mais vantajoso, o que representa uma grande vantagem competitiva. E essa adaptabilidade é resultado da diversificação.A maior variação anual no mix de produção entre açúcar e etanol observada até este ano havia sido de 5,6%. Mas, em 2018, ficou provado que ela é bem maior e que beirou, em alguns momentos da safra atual, 13% em relação ao ano anterior. No entanto, a partir do final da década de 1990, a diversificação avançou em outras direções, como o aproveitamento do bagaço excedente para a geração de bioeletricidade. Tal bioeletricidade é absolutamente complementar à eletricidade gerada pelo parque hidrelétrico, que tem sua curva de menor geração exatamente nos meses de inverno mais seco, em que a cana é colhida e processada na região Centro-Sul.Além disso, a cogeração pode avançar muito mais ainda, com vantagens muito grandes para o sistema interligado, pelos baixos investimentos, pelas perdas em transmissão e por ser considerada uma fonte de energia firme no período em que é gerada. Há seis anos, a diversificação avançou na direção do aproveitamento de resíduos celulósicos, bagaço e palha para a produção de etanol celulósico, ou de segunda geração. E, mais recentemente, a diver-sificação caminha na direção do aproveitamento da vinhaça e da torta de filtro para a geração de biogás e biometano e da integração entre a cana e o milho como fontes de biomassa.A diversificação permite maior geração de energia a partir da mesma base de produção agrícola, e, quando realizada de forma ambientalmente sus-tentável, é melhor ainda. Esses foram os princí-pios que nortearam a criação da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por meio da Lei nº 13.576, de 26 de dezembro de 2017.A diversificação vai continuar trazendo mais renda, mais investimentos, maior produtividade, menores custos e menores preços para os consumidores. As crescentes sustentabilidade e eficiência energética e ambiental da produção de biocombustíveis vão permitir maior longevidade no uso de combustíveis tradicionais, ao serem utilizados de forma combi-nada e complementar, dando um grande impulso à geração de emprego e renda no interior do País.BRASIL: EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE ETANOL(BILHÕES DE LITROS)Fonte: DATAGRO3432302826242014/15 2015/16 2016/17 2017/18 2018/1928,530,427,327,932,522 | AGROANALYSIS - NOV 2018MERCADO & NEGÓCIOSO CENTRO de Comércio Internacional (ITC, na sigla em inglês) é uma agência de desenvol-vimento dedicada a dar suporte e competitividade à internacionalização das pequenas e das médias empresas. Estabelecida em 1964, com sede em Genebra, na Suíça, a agência opera muito próxima da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os focos da entidade estão em sintonia com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).No seu quinto Fórum, realizado em outubro último, o tema escolhido foi “Meta 12: Produção e Consumo Responsáveis”. O objetivo foi analisar as relações de comércio sustentável nas cadeias de valor globais. O diagnóstico levou em conta pressupostos como o crescimento econômico acelerado e o consumo desenfreado, com modelos de produção insustentáveis e esgotamento dos recursos naturais.Para o ITC, a evolução dos negócios nesse ritmo e nessa direção não serve como opção para a so-ciedade. Empresários, governos e consumidores possuem papéis vitais na mudança mais rápida desse processo. Isso passa pela maior demanda por melho-res informação, comunicação e padronização sobre produtos e serviços de menor impacto ambiental. É a disseminação das boas práticas de produção aliadas a mudanças no comportamento do consumidor.Entre as maiores do mundo, conhecidas marcas da indústria enfrentam a pressão de custo na questão polêmica da condição de trabalho, com a contratação de auditores sociais e arrocho nas normas de compliance. Estas ações serão suficientes para melhorar a transpa-rência e a contabilidade nessas cadeias de suprimentos.De acordo com um levantamento da Union for Ethical BioTrade (UEBT), para 79% dos consumi-dores as companhias possuem a obrigação moral de CENTRO DE COMÉRCIO INTERNACIONALFÓRUM 2018: PRODUÇÃO E CONSUMO RESPONSÁVEISLUIZ ANTONIO CORNACCHIONIDiretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG)SHUTTERSTOCK23MERCADO & NEGÓCIOSdesenvolver modelos de produção sustentáveis para compensar a biodiversidade perdida, com rastreabili-dade das fontes utilizadas e dos meios de sustentação. O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF, na sigla em castelhano) estima que o mercado baseado na biodiversidade chegará a US$ 290 bilhões, com crescimento anual de 19% até 2020.Cerca de 40% da população mundial vive em mercados emergentes, cuja gravidade econômica tem sido lentamente crescente. Surge, então, a seguinte pergunta: os negócios suportarão modelos de consumo com tendências mais sustentáveis no futuro? Da mesma forma, as empresas irão apoiar essa mudança de padrão?Nesse processo, a contribuição do ITC corre no sentido de aumentar a competitividade mundial das pequenas empresas. As estratégias adotadas são de adição de valor ao comércio e investimen-tos em associações globais. A prioridade é levar conhecimento e experiência para os setores mais excluídos da sociedade, de modo a garantir maior igualdade nas oportunidades.GRUPO DE PAÍSES PRODUTORES DO SUL (GPS)Criado em 2012 e formado por entidades privadas da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai, o GPS é presidido por Horacio Sanchez Caballero e participou do Fórum 2018 do ITC. Trata-se de um projeto composto por especialistas e empresários. O compromisso é contribuir com a construção de um polo sul-americano capaz de responder às novas demandas alimentícias sustentáveis, com gera-ção de riqueza, emprego e capital social na região.No momento, é primordial avançar nos conhecimentos sobre o desenvolvimento sustentável entre go-vernos e a iniciativa privada. Num trabalho conjunto, o objetivo é negociar com parceiros os benefícios para os consumidores de uma economia mais sustentável no longo prazo.Nas apresentações do Fórum, chamou a atenção o fato de que, do ponto de vista geopolítico, desde a decisão tomada na Conferência Ministerial da OMC em 2012, de eliminar os subsídios nas exportações de produtos e serviços, praticamente nada ocorreu. Os acordos multilaterais tinham progressos quan-do os grandes players internacionais, como os Estados Unidos e a União Europeia, sentavam juntos na mesa de negociação.Hoje em dia, a União Europeia segue como figura de destaque na OMC, enquanto os Estados Unidos e a China estão em definição. São economias e culturas diferentes. O Estado controla cerca 60% da economia chinesa e carrega a agricultura com subsídios acima dos de todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Trump acha que a OMC precisa reformar o sistema multilateral: a reciprocidade é uma mentalidade mercantilista.Existem preocupações com a inclinação das gerações mais novas de decidirem com base nas reco-mendações de consumo fornecidas pelas redes sociais. Falou-se do objetivo 2 das metas 2030, de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar com melhoria da nutrição e promover a agricul-tura sustentável.As agendas diferem. Para o consumidor, aparecem temas como saúde, segurança, transparência, im-pacto ambiental e social, tendências disruptivas, entre outros. Na agricultura, tem-se as questões de apoios domésticos, estoques públicos, acesso a mercado e barreiras de comércio; tudo isso relaciona-do à pobreza e à mudança climática.Com a Austrália, tem-se relacionamentos institucionais, como a Conferência do Grupo de Cairns, a ser realizada em 21 de setembro de 2019, com vinte países, que representam mais de 25% das exportações mundiais de produtos agrícolas. Está em discussão a cota 481, da União Europeia, sobre importação de animais confinados.As conversas sobre o futuro do consumo sustentável em mercados emergentes prosseguem e de-verão ser acompanhadas pelo GPS. Os modelos podem variar, pois dependem de como se mede o desenvolvimento de culturas e hábitos diferentes. Os cuidados com a saúde das pessoas, as condi-ções climáticas e os recursos naturais são específicos. Existem limites e possibilidades na adoção dos modelos ocidentais. Existem dúvidas sobre a capacidade dos negócios de suportar custos como o da sustentabilidade do sistema financeiro. Pressões de poderes alinhados com a possibilidade de um mo-delo universal exigirão fundamentos científicos, aprovações de padrões objetivos e incentivos fiscais.24 | AGROANALYSIS - NOV 2018MERCADO & NEGÓCIOSO MUNDO está tornando-se cada vez mais urbano, com mais pessoas vivendo nas cidades do que no campo. O grande desafio contemporâneo é fazer com que alimentos saudáveis cheguem à mesa dos cidadãos com preços acessíveis e atendendo necessidades e preferências distintas. Além disso, há o desafio de possibilitar que os produtores e os comerciantes participem desse processo numa cadeia de fornecimento geradora de desenvolvimento.Os consumidores têm cada vez mais consciência de sua cidadania alimentar, sabem o que desejam e querem, exercendo seu poder de escolha. A percepção dos consumidores sobre as condições da produção agrícola, os métodos produtivos e os valores nutricionais dos alimentos é impulsio-nada pela velocidade das informações e pelo uso das redes sociais.De forma geral, o processo de intermediação pro-dutiva e distribuição nos mercados atacadistas de alimentos é visto como uma ação de “atravessado-res” especuladores. Eles carregam a injusta pecha de serem responsáveis pela elevação de preços sazonais. Mas, é necessário uma coordenação para articular as demandas e os interesses de um sistema agroali-mentar de grandes dimesões como o brasileiro.No entanto, as centrais de abastecimento não con-seguem sensibilizar a opinião pública e os agentes governamentais para a sua importância. Existe uma percepção limitada sobre a formação de preços e os padrões de classificação adotados. Os agentes e os dirigentes dos mercados atacadistas precisam mostrar à sociedade o papel estratégico e funda-mental que exercem.A face mais vísivel do sistema de abastecimento ata-cadista nacional é a depreciação das infraestruturas de comercialização das Centrais de Abastecimento (CEASAs). Há uma ausência do cumprimento de regras e normas de funcionamento decorrente de uma falha nas diretrizes e nas gestões. Somente a modernização da infraestrutura logística para pro-mover maior eficiência econômica das atividades de abastecimento não é suficiente.Os mercados atacadistas ainda dependem de fatores essenciais, como serviços e gestão. Isso ditará a POLOS AGROALIMENTARESMERCADOS ATACADISTAS DE QUARTA GERAÇÃOALTIVO R. A. DE ALMEIDA CUNHAEngenheiro agrônomo, doutor em Economia e consultor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) – altivo@teiatecnologiaaplicada.com.brJOSÉ BISMARCK CAMPOSAdministrador de empresas e MBA em Gestão Estratégica de NegóciosSHUTTERSTOCK25MERCADO & NEGÓCIOSqualidade dos produtos para promover transações seguras e de baixo custo. Os beneficiados serão os atendidos pelo mercado: produtores, comerciantes e consumidores.Três fatores de transbordamento econômico dos mercados atacadistas definem o caráter especial e dinâmico destes arranjos produtivos: o impacto local e regional, a segurança alimentar e a inserção de produtores e comerciantes de diversos portes.Os novos tempos exigem uma nova organização para a geração dos valores desejados por consu-midores, produtores, atacadistas e varejistas e, em suma, pela sociedade. Essa configuração pode ser definida como “mercados de quarta geração”, vol-tados para promover produtos, serviços e negócios em sintonia com os padrões de consumo. Esse processo possibilitará a inserção ampla de produ-tores e regiões no mercado, de modo a estimular e redesenhar sua base regional de fornecimento.AGENDA PARA O NOVO SISTEMA ATACADISTADeve-se montar um contexto para a criação de novos mercados atacadistas que sejam negócios pro-missores capazes de articular sustentabilidade, inovação e ação sistêmica. Os beneficiados devem ser a cadeia produtiva alimentar e a sociedade. Para isso, alguns objetivos devem ser buscados:• Atender os novos valores desejados por consumidores, com informação embarcada nos produtos: valor nutricional, qualidade sanitária, local e forma de produção;• Favorecer a entrada de produtores de novas regiões agrícolas, em especial de pequena escala, como os agricultores familiares, valorizando os aspectos locais;• Estimular operações eficientes e inovadoras, com rapidez e baixos custos de transação, em am-biente físico limpo e seguro, supridas por uma inteligência de negócios.NÚMEROS DO SETOR ATACADISTAAGENTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO NO BRASILPopulação1Produtores rurais2Estabelecimentos de varejo alimentar1Comerciantes atacadistas3Centrais de Abastecimento (CEASAs)1 207,7 milhões4,4 milhões187,2 mil10,7 mil72GRANDES NÚMEROS DAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO Quantidade comercializada de FLV* em 20171Valor comercializado de FLV em 20171PIB gerado pela comercialização de hortaliças1Municípios fornecedores1Países fornecedores115 milhões de toneladasUS$ 9,7 bilhõesUS$ 20 bilhões3.23620LOGÍSTICA E IMPACTO ECONÔMICO E SOCIALÁrea total dos entrepostos3Caminhões de carga por mês3Tipos de produtos comercializados1Variedades de FLV comercializadas1Bancos de alimentos113,3 milhões de metros quadrados466 mil90046544HORTICULTURA E FRUTICULTURA: ÁREA PLANTADA E EMPREGOS DIRETOS GERADOSÁrea plantada4Empregos diretos5Área das CEASAs/área plantada1HorticulturaFruticulturaHorticulturaFruticultura750 mil hectares1.991 mil hectares4,5 por hectare1,0 por hectare1:10.000* Frutas, legumes e verdurasFonte: 1 IBGE; Conab; FAO; CNA (2016/17); 2 IBGE (2006); 3 Conab; PNUD (2009); 4 Anuário Brasileiro da Fruticultura; Anuário Brasileiro das Hortaliças (2017); 5 Embrapa (2012)26 | AGROANALYSIS - NOV 2018MERCADO & NEGÓCIOSPARA 2019, a tendência é de que o mercado de boi gordo trabalhe firme, com preços subindo acima da inflação. A menor oferta de fêmeas deve gerar uma safra com menor pressão de baixa. Para o segundo semestre, com demanda melhor, também devemos observar valorizações, talvez moduladas por uma oferta maior, com um cenário mais atrativo para o confinamento.Esse cenário de preços mais firmes foi desenhado com base nas expectativas de que o novo governo siga com as reformas e tenha uma agenda eco-nômica positiva, gerando melhoria da confiança, investimentos, empregos e uma recuperação eco-nômica mais efetiva, com aumento do consumo.Tal cenário mais promissor tende a manter o câmbio em patamares menores, o que afeta negativamente as exportações. Paralelamente a isso, a expectativa de oferta menor de fêmeas, valorizando os bovinos terminados, também diminui a competitividade da carne bovina no exterior.Além disso, a maior produção de milho e soja no Brasil e o dólar em patamares mais baixos são fatores de alívio para as cotações dos alimentos concentrados, que deverão pesar menos no bolso do pecuarista. Com isso, a oferta de gado confinado dependerá das expectativas para o resultado da atividade, observadas principalmente no primeiro semestre. A evolução dos preços do boi gordo deve definir a atratividade e, consequentemente, o volume de gado.A possibilidade de volta das compras da Rússia com relação à carne bovina brasileira é um ponto que pode ajudar nos embarques.RETRATO DO MERCADOO cenário de preços do boi gordo ganhou força ao longo do segundo semestre deste ano. No entanto, em meados do mês de outubro, com a desvaloriza-ção do dólar, diminuindo a margem da exportação BOI GORDOEXPECTATIVAS PARA O MERCADO EM 2019HYBERVILLE NETOMédico-veterinário da Scot ConsultoriaRAFAEL RIBEIRO DE LIMA FILHOZootecnista da Scot ConsultoriaCOMPORTAMENTO DO MERCADO AO LONGO DO ANOOs abates de fêmeas, tipicamente, concentram-se no primeiro semestre, com destaque para março e maio. O aumento em março está relacionado ao término da estação de monta, com descarte das fêmeas que não emprenharam; já em maio, o acréscimo é relacionado à chegada da seca, que diminui a capaci-dade de suporte das pastagens.Uma safra com menos fêmeas tende a colaborar com os preços no primeiro semestre. Isso pode resultar em uma safra com pressão de baixa menor, ou mesmo em uma safra com preços firmes.No segundo semestre, o cenário é muito influenciado pela disponibilidade de gado de cocho, que, por sua vez, é afetada pelos custos com alimentação e boi magro. No caso do boi magro, também é espera-do que haja uma redução da oferta, o que pode valorizar a categoria.27MERCADO & NEGÓCIOS180,00170,00160,00150,00140,00130,00120,00110,00100,00de carne, e a chegada de um volume maior de gado confinado, as cotações começaram a enfraquecer.Na média entre janeiro e meados de outubro, houve um recuo de 0,9% nos preços do boi gordo em relação aos de 2017, considerando valores defla-cionados pelo IGP-DI. Após dois anos de desva-lorização real, o bezerro valorizou 2,5% em 2018. Em 2016 e 2017, houve recuo na cotação tanto para bezerro, como para boi gordo. Foram anos de aumento dos abates de fêmeas, assim como ob-servado em 2018, o que gera expectativa de menor produção para os próximos anos, provavelmente causando valorizações.Em 2013, tivemos um cenário de alta para o bezerro, após as quedas em 2012. Em 2014, este movimen-to se intensificou. É possível que, em 2019, seja observada situação semelhante, com valorizações ganhando força após o esboço deste ano.VARIAÇÕES DAS COTAÇÕES REAIS DO BEZERRO DE ANO E DO BOI GORDO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR(MÉDIA DE JANEIRO A MEADOS DE OUTUBRO)Fonte: Scot ConsultoriaSÃO PAULO: EVOLUÇÃO DAS COTAÇÕES DO BEZERRO DE ANO (R$/CABEÇA) E DO BOI GORDO (R$/@) DEFLACIONADAS PELO IGP-DI(COTAÇÃO MÉDIA DE JANEIRO A MEADOS DE OUTUBRO)Fonte: Scot Consultoria2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 20181.800,001.600,001.400,001.200,001.000,00800,00600,00Bezerro de ano (R$/cabeça)Boi gordo (R$/@)Boi gordoBezerro de anoVariação dos preços do bezerro de anoVariação dos preços do boi gordo2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 201830,0%25,0%20,0%15,0%10,0%5,0%0%-5,0%-10,0%-15,0%-20,0%4,6%-8,4%24,9%-10,6%2,5%-0,3%3,0%21,5%-15,4%6,3%-9,8%16,9%-4,8%-0,9%7,4%1,3%7,9%-9,8%CoorganizaçãoParceria EstratégicaOrganizaçãoCHILLED &FRESH FOODDAIRYDRINKS &HOT BEVERAGESMEATFINE FOODSWEETS &SNACKSORGANICBREAD & BAKERYFOOD SERVICEAll About FoodFeira Internacional Exclusivapara o Setor de Alimentos e BebidasSão Paulo Expo, São Paulo, Brasil12-14 Março 2019powered byAGRIFOODSpowered byExclusiva plataformaAgrifoodsApoio:Encontre compradores nacionais e internacionais na única feira dedicada às empresas de vários segmentos do setor de alimentos e bebidas.AGRIFOODSA diversificação do agronegóciodo Brasil para o mundoanufoodbrazil@koelnmesse.com.br | + 55 11 3874-0030www.anufoodbrazil.com.brGaranta sua participação!30 | AGROANALYSIS - NOV 2018POLÍTICA AGRÍCOLACOMO CONSTATADO no mais recente Censo Agropecuário brasileiro, também houve aumento da concentração de terras nos Estados Unidos nos últimos trinta anos, ou seja, redução no número de estabelecimentos rurais e, consequen-temente, aumento da área média das propriedades.Um dos objetivos de um censo agropecuário é entender melhor a diversidade existente entre as propriedades rurais e, a partir daí, definir políti-cas públicas, priorizar investimentos etc. O censo realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em 2015 e atualizado em 2016 divide a agricultura do país considerando: as vendas brutas anuais; os tipos de fazendeiros; e outras rendas relacionadas com a propriedade rural.Segundo o último censo americano, 90% dos esta-belecimentos rurais são classificados como proprie-dades familiares pequenas, as quais são responsáveis por quase 50% da área cultivada e 25% do valor da produção (vide tabela). Isso significa que 8,9% das propriedades familiares classificadas como médias, grandes ou comerciais, as quais cultivam 45,6% da área agricultável, respondem por 65,2% do valor da produção da agropecuária. Os ganhos de escala permitidos pela concentração de áreas tornam mais viável a realização de maiores investimentos em tecnologia, buscando a intensificação da produção e, consequentemente, o aumento da produtividade.Em relação à idade, cerca de 36% dos fazendeiros responsáveis pela administração das propriedades possuíam idade acima de 65 anos e participavam com 24% da produção. Cerca de um terço deles estava aposentado, número que corresponde a 12% do total de aposentados no país. No intervalo de 52 anos a 64 anos, haviam outros 36% de produtores responsáveis por 42% da produção.DESEMPENHO FINANCEIROAs fazendas mostram três grandes especializações (o valor total é superior a 100% porque há fazendas especializadas em mais de um dos grupos): • 38% em cultivos de frutas, legumes, verduras e nozes; • 25% em granjas leiteiras; e• 47% na produção de grãos.RETRATO DO AGRO NOS ESTADOS UNIDOSTENDÊNCIA DE CONCENTRAÇÃO DE TERRASDA REDAÇÃOESTADOS UNIDOS: ESTRUTURA DA RENDA NAS PROPRIEDADES RURAIS EM 2015TIPO DE PROPRIEDADERenda da fazenda (US$ mil)Quantidade de propriedades Part. %Familiar2.027.37898,8%PequenaAté US$ 3491.844.18689,9%MédiaDe US$ 350 a US$ 999122.9806,0%GrandeDe US$ 1.000 a US$ 4.99953.7632,6%Comercial*Mais de US$ 5.0006.4490,3%Agricultura não familiar24.9921,2%TOTAL GERAL 2.052.370100,0%* Predominância de terceiros na administração do negócioFonte: ERS/USDANext >